Status |
Concluído
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Organização |
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
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Administrador |
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
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Tipo de telescópio |
Acelerador de partículas síncrotron
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Website |
Diâmetro |
518m
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Localização atual |
Campinas, São Paulo, Brasil
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Endereço | |
Coordenadas |
22° 48′ 28″ S, 47° 03′ 09″ O
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A estrutura do Sirius tem 518 metros totais de circunferência e, dentro dela, os elétrons são acelerados a uma velocidade que se aproxima da velocidade da luz, com alta energia e produzindo um altíssimo brilho. Assim, o acelerador de partículas produz uma luz síncrontron, que é uma radiação que funciona como um raio-x para analisar estruturas de materiais em escalas mínimas, de átomos e moléculas.
Historia
Sua construção começou em 2014 e foi inaugurado em 14 de novembro de 2018. O Sirius é o segundo acelerador de partículas brasileiro. O primeiro acelerador de partículas no Brasil, o UVX, também está localizado em Campinas, e que começou em 1985, por iniciativa dos físicos Ricardo Lago e Ricardo Rodrigues. Era o início do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), uma instalação com tecnologia avançada e inédita no Brasil aberta para ser usada por pesquisadores de qualquer universidade ou empresa do país e do mundo. Era um equipamento único em toda a América Latina e raro no mundo inteiro. No entanto, no começo dos anos 2000, a tecnologia avançara e o UVX ficara obsoleto em comparação a outros síncrotrons espalhados pelo mundo. Em 2008, José Antônio Brum, diretor do LNLS entre 2001 e 2008, pediu à equipe do laboratório que desenhasse um pré-projeto do novo acelerador.

Característica
A ferramenta será usada para entender a estrutura atômica das substâncias com as quais os cientistas vão trabalhar, o que pode ajudar no desenvolvimento de novos medicamentos, no aprimoramento de materiais usados na construção civil, na exploração de petróleo e em várias outras áreas. O prédio de 68.000 metros quadrados abrigará um equipamento com formato de anel e circunferência superior a 500 metros.

Para proteger as pessoas da radiação liberada pelo funcionamento da máquina, planejada para ser a mais avançada desse tipo em todo o mundo, o conjunto será blindado por 1 quilômetro de paredes de concreto. Uma barreira com 1,5 metro de espessura e 3 metros de altura. O investimento no projeto é de 1,8 bilhão de reais, o projeto científico mais ambicioso já feito no Brasil.
Primeira Volta
O acelerador de partículas brasileiro Sirius alcançou um marco importante nesta sexta-feira (22/11/2019). O projeto científico realizou, pela primeira vez, um giro de elétrons completo em sua terceira e principal estrutura, situada em Campinas (SP). Orçado em R$ 1,8 bilhão, o acelerador é o mais grandioso projeto da ciência brasileira na atualidade. Ele é projetado para ser o mais avançado do mundo em sua área, com potencial de revolucionar pesquisas nacionais e internacionais.

Próximos Passos
Com o teste concluído, o acelerador agora passará por uma otimização da órbita, segundo o diretor do Sirius. A intenção é garantir que as dezenas de órbitas circulando estejam estáveis para a inserção da radiofrequência no instrumento. “Precisa de uma quantidade certa de energia para manter a órbita sem perder os elétrons. Eles emitem raio-x, perdem energia. A maneira de sustentar a órbita é colocar a radiofrequência”, aponta. Depois disso, começa a ocorrer a geração de luz dentro do circuito, que será estudada por pesquisadores. A intenção é que entre o fim deste ano e o começo do próximo esses processos sejam alcançados.